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Estrangular a saída de bombas centrífugas: um recurso que facilita ou até mesmo possibilita a partida do motor

Postado em 12 de novembro de 2025
Em instalações com bombas centrífugas, especialmente em locais onde a tensão da rede elétrica é instável ou há grandes distâncias entre a fonte e o ponto de consumo, é comum encontrar dificuldades na partida do motor. A corrente elevada no momento da aceleração pode causar quedas de tensão severas, dificultando — ou até impedindo — o acionamento da bomba.

O que alguns profissionais não sabem é que existe um recurso simples, acessível e muito eficaz para aliviar esse esforço inicial: o estrangulamento da saída da bomba.

Há uma crença bastante difundida de que restringir a saída da bomba aumenta o esforço do motor, como se isso fosse semelhante ao funcionamento de uma máquina de moer carne — quanto mais fina a peneira, mais força é necessária para girar a manivela. Mas essa comparação é enganosa quando aplicada às bombas centrífugas. Na realidade, ocorre o oposto: estrangular a saída reduz a carga hidráulica sobre o conjunto e, consequentemente, diminui a corrente elétrica do motor.

Essa diferença acontece porque, nas bombas centrífugas, a vazão e a potência absorvida pelo motor são diretamente proporcionais. Ao restringir a saída, a vazão diminui e a potência exigida também. É por isso que estrangular a saída reduz o esforço elétrico e mecânico na partida.

Como aplicar esse recurso corretamente

Durante a partida, especialmente em partidas diretas ou estrela-triângulo, o motor enfrenta o momento de maior solicitação de corrente — que dura até o ponto em que ele atinge cerca de 85% da rotação nominal. É nesse período que o estrangulamento parcial da válvula de saída faz toda a diferença: ele permite que o motor acelere mais rapidamente, com menor corrente e menos queda de tensão.

No entanto, é importante ressaltar: o estrangulamento deve ser feito na saída, nunca na entrada da bomba. Se a restrição for feita na sucção, pode ocorrer cavitação, um fenômeno que causa danos sérios às pás do rotor e reduz drasticamente a vida útil do equipamento.

Limitações dessa técnica

Embora seja uma ferramenta extremamente útil, o estrangulamento da saída não pode ser aplicado em todos os casos. Quando o sistema realiza muitas partidas por dia ou quando o acionamento é automático, não é viável depender de ajustes manuais na válvula de saída. Nesses casos somente é viável se a válvula responsável pelo estrangulamento for elétrica e tiver seu acionamento automatizado.

Além disso, esse recurso só é indicado para bombas centrífugas. Nas bombas de deslocamento positivo — como as de engrenagem, lóbulos, palhetas ou pistão — a vazão é fixa a cada rotação. Nesse tipo de bomba, restringir a saída aumenta a pressão e o consumo, podendo causar sobrecarga mecânica e elétrica.

Portanto, o estrangulamento é uma solução simples e eficaz para bombas centrífugas, mas não se aplica a todos os tipos de bomba.

Quando o inversor de frequência é a melhor solução

Nos casos em que não é possível utilizar o estrangulamento — seja por automatização, número elevado de partidas ou tipo de bomba —, a solução ideal é adotar um inversor de frequência. Com ele, é possível controlar a velocidade de rotação da bomba, o que reduz drasticamente a corrente de partida e, com os sensores adequados, permite um controle fino da vazão e da pressão.

Além de eliminar o impacto da corrente de partida, o inversor proporciona grande economia de energia: com 80% do fluxo nominal, o consumo pode cair para cerca de 60% da potência, e com 60% do fluxo, o consumo pode chegar a apenas 40%.

Conclusão

O estrangulamento da saída é um recurso simples, muitas vezes negligenciado, mas que pode fazer toda a diferença na partida de bombas centrífugas. Ele reduz a corrente, ajuda a presercar o motor e evita a necessidade de sobredimensionar componentes elétricos.

E quando a aplicação exige automação, controle de pressão ou partidas frequentes, o inversor de frequência se torna o aliado ideal — proporcionando não só partidas suaves, mas também eficiência energética e durabilidade ao sistema.


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